Toda vez que eu tento descrever o que eu entendo como psicoterapia, sempre me vem à cabeça as palavras do saudoso analista junguiano Mario Jacoby, lidas ainda na minha época de estudante e que diziam mais ou menos o seguinte (me perdoem a citação “de memória”): A psicoterapia consiste no encontro entre duas pessoas com o objetivo de tentar entender o que está ocorrendo na “cabeça” de uma delas. O paciente traz seus conflitos, sofrimentos e insatisfações profundos que o atormentam e que ele sozinho tenta resolver em vão. Esses problemas parecem, geralmente, serem mais fortes que a sua força de vontade para alterar a situação. Por causa disso ele recorre ao psicoterapeuta. A fonte de seu sofrimento está oculta tanto dele quanto do seu terapeuta. Por isso, ambos têm que colaborar para, juntos, explorarem o significado e as causas (por vezes inconscientes) desse sofrimento.

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Também podem ser explorados os projetos, as expectativas, os desejos e as metas do paciente – assim como sua concepção do lugar em que ele habita, suas relações com esse lugar, com o entorno, com as outras pessoas e o seu papel nesse lugar. Na realidade, pode-se dizer que o mundo inteiro cabe dentro do pequeno universo chamado psicoterapia. O psicoterapeuta não oferece respostas, mas trabalha para ser o “parteiro” dessas respostas que deverão ser encontradas pela própria pessoa. Para que ele possa fazer isso, podem ser utilizados vários recursos e abordagens. Aproveitando meus anos de experiência na área, apresento resumidamente aqui a abordagem que me é mais familiar e duas técnicas complementares que considero poder ajudar muitas pessoas em sua busca por um melhor equilíbrio consigo mesmas e com o mundo. Espero que essas informações possam ser úteis.